[Elogio] - os agente de Telemarketing
Eles estão a cada dia mais presentes na vida de todos nós – seja para ouvir reclamações, resolver problemas, encaminhar elogios ou oferecer produtos e serviços. E, aproveitando essa relação tão próxima, reserve a data para parabenizar esses profissionais: comemora-se hoje o Dia do Operador de Telemarketing.
Neste 4 de julho, a moradora de Gravataí Dalva de Souza Soares, 35 anos, sente-se privilegiada por ter entrado para a área: em cinco anos de profissão, foi promovida três vezes. Claro que não sem esforço.
- Um dia nunca é igual ao outro em um call center. E eu procuro tirar de cada reclamação um aprendizado. Comemoramos os bons resultados, não nos prendemos no lado ruim da atividade – conta Dalva, que agora é analista de atendimento ao cliente na empresa Vonpar, em Porto Alegre.
Ela começou prestando assistência técnica por telefone aos clientes da fábrica e, como ela mesma conta, “sem saber nada de nada”. A experiência que tinha era de sete anos como vendedora em uma loja de móveis e, mais brevemente, como orientadora em uma creche.
- Eu sempre tive vontade de aprender, e a empresa ofereceu um curso de Excel para mim, pois tinha que fazer relatórios. Quando entre aqui (Vonpar), estava cursando o técnico em administração. Agora, já estou no quinto semestre do curso superior em administração – orgulha-se.
Financeiramente, diz que a vida melhorou bastante. E ela preferiu investir essa diferença nos estudos dela e da filha, de 18 anos, que cursa letras/inglês na Capital. De acordo com a coordenadora de Dalva, Rosana Veronese, a empresa paga um salário acima do mercado – o valor praticado, de acordo com presidente do Sindicato dos Telefônicos do Estado (Sinttel/RS), Gilnei Porto Azambuja, é o salário mínimo nacional (R$ 724) pela jornada de seis horas (36 horas por semana). O Sinttel/RS é um dos representantes da categoria no Estado, já que não existe um sindicato próprio.
Profissão ainda não foi regulamentada
A falta de regulamentação é algo que atrapalha, na percepção do presidente Gilnei, do Sinttel/RS.
- Existe um precarização do serviço, com salários baixos, insalubridade que leva a lesões por esforço repetitivo (Ler) e a pressão psicológica de seguir scripts e ter de lidar com reclamações todos os dias. Nossa principal luta no segmento é que a atividade seja reconhecida como profissão – afirma Gilnei.
Hoje, há mais de um projeto de lei no Congresso com o objetivo de regulamentar o telemarketing. Porém, a morosidade no andamento dessas propostas deixa sem a proteção adequada cerca de 1,5 milhão de trabalhadores no Brasil e, destes, 50 mil no Rio Grande do Sul, segundo o Sinttel/RS.
De acordo com a consultora de RH Léa Santos, da Captar Empregos, existe uma dificuldade em encontrar profissionais para a função: há uma rotatividade muito grande e o salário nem sempre é atrativo.
Norma busca proteger trabalhadores
Para evitar a sobrecarga psíquica e muscular em áreas como pescoço e ombros, as empresas devem permitir pausas de descanso e intervalos para repouso e alimentação aos trabalhadores, segundo a advogada da empresa IOB, Mariza Machado.
- As pausas em atividades de teleatendimento/telemarketing devem ser concedidas fora do posto de trabalho, em dois períodos de dez minutos contínuos e após os primeiros e antes dos últimos 60 minutos de trabalho. Elas não podem prejudicar o direito ao intervalo obrigatório para repouso e alimentação – ressalta a especialista.
Mariza toma por base o anexo II da NR 17, que estabelece parâmetros mínimos a serem observados para o trabalho neste tipo de atividade.
Neste 4 de julho, a moradora de Gravataí Dalva de Souza Soares, 35 anos, sente-se privilegiada por ter entrado para a área: em cinco anos de profissão, foi promovida três vezes. Claro que não sem esforço.
- Um dia nunca é igual ao outro em um call center. E eu procuro tirar de cada reclamação um aprendizado. Comemoramos os bons resultados, não nos prendemos no lado ruim da atividade – conta Dalva, que agora é analista de atendimento ao cliente na empresa Vonpar, em Porto Alegre.
Ela começou prestando assistência técnica por telefone aos clientes da fábrica e, como ela mesma conta, “sem saber nada de nada”. A experiência que tinha era de sete anos como vendedora em uma loja de móveis e, mais brevemente, como orientadora em uma creche.
- Eu sempre tive vontade de aprender, e a empresa ofereceu um curso de Excel para mim, pois tinha que fazer relatórios. Quando entre aqui (Vonpar), estava cursando o técnico em administração. Agora, já estou no quinto semestre do curso superior em administração – orgulha-se.
Financeiramente, diz que a vida melhorou bastante. E ela preferiu investir essa diferença nos estudos dela e da filha, de 18 anos, que cursa letras/inglês na Capital. De acordo com a coordenadora de Dalva, Rosana Veronese, a empresa paga um salário acima do mercado – o valor praticado, de acordo com presidente do Sindicato dos Telefônicos do Estado (Sinttel/RS), Gilnei Porto Azambuja, é o salário mínimo nacional (R$ 724) pela jornada de seis horas (36 horas por semana). O Sinttel/RS é um dos representantes da categoria no Estado, já que não existe um sindicato próprio.
Profissão ainda não foi regulamentada
A falta de regulamentação é algo que atrapalha, na percepção do presidente Gilnei, do Sinttel/RS.
- Existe um precarização do serviço, com salários baixos, insalubridade que leva a lesões por esforço repetitivo (Ler) e a pressão psicológica de seguir scripts e ter de lidar com reclamações todos os dias. Nossa principal luta no segmento é que a atividade seja reconhecida como profissão – afirma Gilnei.
Hoje, há mais de um projeto de lei no Congresso com o objetivo de regulamentar o telemarketing. Porém, a morosidade no andamento dessas propostas deixa sem a proteção adequada cerca de 1,5 milhão de trabalhadores no Brasil e, destes, 50 mil no Rio Grande do Sul, segundo o Sinttel/RS.
De acordo com a consultora de RH Léa Santos, da Captar Empregos, existe uma dificuldade em encontrar profissionais para a função: há uma rotatividade muito grande e o salário nem sempre é atrativo.
Norma busca proteger trabalhadores
Para evitar a sobrecarga psíquica e muscular em áreas como pescoço e ombros, as empresas devem permitir pausas de descanso e intervalos para repouso e alimentação aos trabalhadores, segundo a advogada da empresa IOB, Mariza Machado.
- As pausas em atividades de teleatendimento/telemarketing devem ser concedidas fora do posto de trabalho, em dois períodos de dez minutos contínuos e após os primeiros e antes dos últimos 60 minutos de trabalho. Elas não podem prejudicar o direito ao intervalo obrigatório para repouso e alimentação – ressalta a especialista.
Mariza toma por base o anexo II da NR 17, que estabelece parâmetros mínimos a serem observados para o trabalho neste tipo de atividade.